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sábado, 2 de maio de 2009

A vida e suas surpresas


Desde nova sempre tive vontade de fazer curso superior de psicologia. Minha mãe nunca me apoiou direito pois achava que isso era coisa de maluco. Preferia que eu fizesse outra coisa como Administração de Empresas. Enfim, terminei o Ensino Médio e começei a tentar cursos. Três eram os cursos que eu julgava interessante: Psicologia, Direito e Letras.
No primeiro cursinho pré-vestibular que fiz me decepcionei com Direito pois entendi que para ser uma boa advogada teria que me corromper de alguma forma o que me fez desistir. Um tanto perdida nas minhas escolhas profissionais futuras tentei ler os sinais e percebi que a vida começava a dar novos sinais. Percebia que, tanto na área de direito como na área de psicologia, o que me motivava era me relacionar socialmente entendendo o outro e tentando ajuda-lo a se inserir ou se adaptar ao meio.
Nesse momento, meu marido (na época, namorado) me perguntou porque eu não tentava o curso de Sociologia uma vez que parecia ter o meu perfil pelo meu jeito um tanto questionador. Resolvi experimentar e logo de cara passei em terceiro lugar no UniCEUB. Cursei e adorei pois estudei muitas ideologias, filosofia, psicologia social e compotamental, etc.. Finalizei mas não queria estaganar. Decidi fazer o curso de Letras. Nele aprendi muitas coisas como análise do discurso, mensagens subliminares, a comunicação como processo despótico e adoecedor. Fui me especializando em Lingüística compreendendo a segregação e a marginalização do indivíduo. Projetos sociais e Projetos de pesquisa ciêntíficos começaram a me levar para a especialização em psicanálise e psicologia. Percebi que o meu viés de pesquisa e de interesse de fato era o homem como elemento que influencia e é influenciado pelo social.
Terminei o curso, fiz muitos projetos sócio-lingüísticos para escolas e casas-lares. O interessante é que faltava algo. Pensei em ir para a minha terceira graduação e cursar psicologia mas não tinha mais tempo pra isso. Queria trabalhar em algo seguro como um concurso público e investi nisso dois anos. Com o passar do tempo me desestimulei pois vi que tanto entusiasmo, tantas possibilidade de construir o conhecimento científico estava ficando embotado. Achei que a minha formação acadêmica tinha sido inútil. E foi aí que procurei ajuda para entender isso em mim.
Conheci o BodyTalk System. Oito meses depois já estava fazendo o Curso de Formação em Mendes-RJ com Janet Gallipo. Saí de lá confusa pois apesar da cabeça aberta para muitas coisas aquele conteúdo rompia alguns paradigmas íntimos. Achei que o investimento mais uma vez seria em vão. Voltei, recebi logo o apoio do meu marido que me estimulara a fazer sessões em todo mundo: nele, em seus pais, em seus filhos, etc.. Foi muito bom pois hoje já sou terapeuta. Estou trabalhando com isso. E percebo que toda a minha formação acadêmica me deu suporte, segurança e bagagem para ser a terapeuta que sou. Estou realizada.

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